Conheça o impacto da tecnologia no mercado de óleo e gás

Conheça o impacto da tecnologia no mercado de óleo e gás

ter 11 jan 2022

Neste episódio do Sala de Negócios, conversamos com Rodrigo Chamusca, que é Head of Technology and Digital da Ocyan. Nesse bate-papo fomos além das concepções já difundidas sobre tecnologia e negócios, mas procuramos entender o efeito das soluções digitais no mercado de óleo e gás.

Isso é de profunda relevância, uma vez que o tema ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, ou Governança ambiental, social e corporativa) tem ganhado mais espaço nas empresas e sob o olhar da sociedade.

Veja, a seguir, algumas considerações sobre esse interessante bate-papo!

Como está o momento atual do mercado de óleo e gás e ESG?

O mundo inteiro está de olho no assunto — que não é recente, mas é novidade o foco global e as metas que muitas empresas têm posicionado para demonstrar compromisso com o ESG.

É o caso da própria Ocyan, em que Rodrigo Chamusca compartilha os esforços da empresa em reduzir a pegada de carbono, zerar acidentes, como vazamentos, e até mesmo de intensificar o uso de energia limpa para os próximos anos.

Ele afirma, ainda, que o tema é discutido abertamente, hoje, o que também ajuda a inspirar e ampliar os esforços por outras empresas. Afinal de contas, ESG está diretamente ligado à sustentabilidade, algo que tem criado uma valorização na percepção de marca.

Como a tecnologia pode mudar o patamar de alinhamento ao ESG?

Chamusca relata algumas ações do mercado que têm surtido um efeito positivo, como a automação de processos ou a intensificação da robótica na realização de tarefas.

Mas ele aponta a relevância da participação humana nisso tudo. Prova disso é a necessidade de contar com a estruturação corporativa de um setor focado em olhar, abordar e lidar com o tema, especificamente.

Qual é o papel do Brasil nisso tudo?

Embora o mercado internacional esteja lidando com ESG de maneira mais agressiva, o Brasil ainda engatinha, segundo Rodrigo Chamusca.

Um exemplo disso: o Brasil registrou um índice de descarbonização de 1,9%, mas nos últimos 20 anos essa taxa foi de apenas 0,5. Descarbonização é o processo oposto ao da carburação, nomeadamente a redução de conteúdo de carbono.

E isso é significante porque o Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia renovável do mundo por causa da grande incidência solar e pelas regiões litorâneas, com potencial eólico, e pela capacidade de geração de energia pela biomassa.

Atualmente, 48% da energia produzida no Brasil vem diretamente de fontes renováveis e sustentáveis, o que é muito melhor do que países como Rússia, África do Sul, Índia e China, que juntas não chegam a 15%. 

Por outro lado, é aquela história de sempre: o que depende da natureza é ótimo, mas o que depende dos gestores públicos no Brasil, nem tanto.

Mas a tecnologia, como tem se mostrado, é um novo divisor de fronteiras. Algo que tem mostrado ser possível alcançar resultados qualitativos, em menos tempo, e com menos agressões à natureza. Eficiência com sustentabilidade é uma possibilidade real.

Só que o assunto se estende e ramifica de outras maneiras, e vale muito a pena entender para onde o mercado está se orientando nesse sentido. Por isso, convidamos você a ouvir o episódio na íntegra na nossa Sala de Negócios!