Consumidor brasileiro é prioridade quando o assunto é o mundo gamer

Consumidor brasileiro é prioridade quando o assunto é o mundo gamer

ter 15 mar 2022

A aposta no mercado gamer da Logitech, empresa líder mundial em periféricos de informática, é total. A companhia suíça tem esse mercado como prioritário também no Brasil.

Ao falar sobre isso para o podcast Sala de Negócios, da Mazars, Jairo Rozenblit, presidente da Logitech no Brasil, destacou que a empresa investe muito nesse mercado bilionário “para oferecer os melhores produtos para um consumidor que é superexigente”.

De fato, o mercado de videogames em todo o mundo é gigantesco! O valor total desse setor deve ultrapassar a marca de US$ 200 bilhões em 2023, de acordo com o relatório Statista 2021. Só no Brasil, estamos falando de 89 milhões de jogadores, que fazem do país o 13º colocado no ranking mundial de lucratividade.

Sozinho, o país representa 30% do mercado latino-americano de games, segundo a Pesquisa Games Brasil de 2021.

O setor tem movimentado os maiores players do mercado. Em janeiro, por exemplo, a Microsoft anunciou a intenção de compra da Activision Blizzard, um dos maiores estúdios de games do mundo e responsável por franquias como “Overwatch”, “Diablo”, “Call of Duty” e “Candy Crush”. O valor da aquisição deve chegar a US$ 68,7 bilhões.

O comunicado da Microsoft explicava que a aquisição deverá acelerar o crescimento da companhia no negócio de games em dispositivos móveis, PC, consoles e na nuvem. Essa movimentação deve torná-la a terceira maior de videogames do mundo em receita, logo atrás da chinesa Tencent e da japonesa Sony.

Cada tribo com suas armas

No espectro dos periféricos voltados a esse mercado no Brasil, a Logitech tem investido pesado no patrocínio de grandes equipes que competem nos maiores eventos do gênero. Segundo Rozenblit, a intenção é “falar direto com o público-alvo e, além de divulgar produtos, disseminar novas estratégias e tecnologias, como as linhas de equipamentos sem fio, que ganharam tração a partir da confiabilidade transmitida por algumas das estrelas desse universo em relação ao tempo de resposta mais competitivo desses devices. “É como divulgar a chuteira do Neymar”, compara.

Rozenblit conta que a Logitech tem lançado muitos produtos personalizados, pensando em cada tipo de jogo. “Cada um tem um setup diferente, para atender às tribos, que são completamente diferentes entre si no mundo dos games”, diz.

Segundo ele, os adeptos de jogos de velocidade não se confundem com os fãs de League of Legends, de Battle Royale ou de Candy Crush, e cada um pede algo bem específico. “Isso vale também para os chamados social gamers, que são aqueles jogadores mais esporádicos. Para eles, a Logitech também tem um headset bluetooth para mobile, lembra o executivo.

Gamers brasileiros

A Pesquisa Games Brasil 2021 mostra que a maioria dos jogadores do país já são adultos. A pesquisa indica que só 10% dos gamers brasileiros são menores de 19 anos e que mais de 40% têm entre 20 e 30 anos. Isso demole o discurso corrente de que os jogos são coisa de adolescente.

Durante a pandemia, os jogos virtuais dominaram as telas no país. Quase 61% dos brasileiros consumiram mais conteúdo relacionados a jogos e 42% investiram mais dinheiro em jogos nesse período.

Mais do que isso, 72% da população brasileira jogou algum jogo eletrônico em 2020. Segundo a agência brasileira especializada em games Checkpointbr, 51,5% dos jogadores aumentaram as horas online com o joystick em relação a 2019.