Sucessão familiar é muito mais do que “passar a vendinha” para o filho
Empresas familiares representam uma fatia importante da economia de qualquer país. A sucessão é um desafio porque gera impacto não apenas nos negócios das empresas.
qua 12 abr 2023
O Brasil usa só 31% dos rios navegáveis e, sem muita infraestrutura disponível para navegação fluvial, continua gastando muito mais com frete de caminhão nos serviços logísticos. O preço do frete rodoviário é apenas uma parte dessa conta negativa: o custo ambiental do consumo de diesel e das emissões dos motores das carretas é imenso.
Um estudo da CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgado em 2019 apontava que o Brasil utiliza comercialmente, para transporte de cargas e passageiros, só 30,9% dos 63 mil quilômetros (km) de rios com potencial de navegação. A título de comparação, a China possui 11,5 quilômetros de vias interiores (rios) economicamente utilizáveis para cada 1.000 km2 do seu território; os EUA têm 4,2 km. Por aqui, usamos apenas 2,3 km, sendo que, se o potencial do Brasil fosse inteiramente explorado, seriam 7,4 km de rios economicamente utilizáveis por 1.000 quilômetros quadrados no Brasil.
Poucas empresas no Brasil operam os serviços logísticos hidroviários, geralmente com barcaças que carregam milhares de toneladas de grãos ou metais.
A comparação de eficiência com os modais mais utilizados (rodovias e ferrovias) é muito vantajosa para os rios. Segundo a CNT, um comboio com quatro barcaças consegue transportar o equivalente a 172 carretas ou a 86 vagões de trem. O resultado é um frete mais barato: o custo do transporte fluvial é 60% menor do que por estradas, e 30% inferior àquele feito sob trilhos.
A Hidrovias do Brasil fez o seu IPO em 2020, passando a ser listada no segmento do Novo Mercado da B3. A companhia atua em dois biomas muito sensíveis: no Corredor Logístico Norte (Miritituba-Barcarena, Pará), no transporte e escoamento de grãos da região Centro-Oeste do Brasil, além da operação de cabotagem para transporte de minérios; e no Corredor Logístico Sul, onde opera por meio da Hidrovia Paraguai-Paraná, o chamado “chaco brasileiro”, onde movimenta cargas diversas, como commodities agrícolas, minérios, fertilizantes, celulose, entre outras, até o Porto de Santos.
“A hora em que se usa um rio como forma de transporte, não se agride o meio ambiente como para abrir uma rodovia na Amazônia”, lembra Fabiana Gomes, diretora de Sustentabilidade e Meio Ambiente da empresa de soluções logísticas integradas Hidrovias do Brasil, que participou de um episódio do podcast Sala de Negócios.
Os comboios de barcaças que navegam por rios oferecem muito menos danos ambientais. Um só comboio de 25 barcaças equivaleria à capacidade de 1.200 caminhões. Fabiana afirma que a companhia opera com comboios de até 30 barcaças, sendo que cada uma delas carrega 2 mil toneladas de granéis sólidos (de grãos). Segundo ela, quando se aumenta o tamanho do comboio, de 25 para até 35 barcaças, o aumento do consumo de combustível “é apenas marginal”, reduzindo a emissão equivalente.
A empresa tem uma série de procedimentos para mitigar eventuais riscos ambientais. Em 2021, a Hidrovias do Brasil registrou um investimento ambiental de mais de R$ 34 milhões e, em 2022, o investimento social superou R$ 4 milhões, com base em três pilares de desenvolvimento (geração de emprego e renda, educação e organização territorial). Os investimentos apoiaram 12 iniciativas sociais com benefícios para mais de 100 mil pessoas.
Para confirmar seu empenho nas práticas ESG (em português, Meio Ambiente, Social e Governança), a empresa firmou e divulgou seus Compromissos 2025.
Os compromissos estão baseados em vários pilares:
Fabiana falou também sobre os compromissos referentes a impactos ambientais, desenvolvimento local e humano e a saúde, segurança e desenvolvimento do colaborador.
Confira abaixo o episódio completo do podcast Sala de Negócios.
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