Existe algo que explique o crescimento volumoso das fintechs?

Existe algo que explique o crescimento volumoso das fintechs?

ter 01 fev 2022

Em 2015, só haviam pouco menos de 20 fintechs no Brasil. Em 2021, o número saltou para cerca de mil empresas do gênero. A revolução digital impactou, definitivamente, o setor financeiro, e muita coisa teve que ser adaptada, revista e descoberta para abrigar tanta inovação.

Entre 2020 e 2019, o número de fintechs apresentou um crescimento de 34%, no Brasil. Mas a gente tem muita curiosidade em entender os motivos para tamanho crescimento.

Para isso, conversamos com o Paulo David, que é CEO da Grafeno, e nos trouxe insights poderosíssimos sobre o assunto. Confira!

Por que as fintechs crescem tanto?

Paulo David acredita que não é apenas um motivo que levou ao crescimento significativo de fintechs no país. São vários fatores que, somados, proporcionaram um ambiente totalmente favorável para que empresas desse tipo, segmento e soluções se expandam tão facilmente.

O primeiro deles, segundo David, é a insatisfação do cliente, em geral, com as instituições bancárias convencionais. Ele relembra as horas de fila nas agências bancárias, a burocracia presencial, a demora para aprovação…

E isso tudo foi solucionado “como num passe de mágica” com a digitalização do setor financeiro. As fintechs passaram a oferecer cartões de crédito com facilidade, taxas menores para os serviços financeiros e, principalmente, a menor necessidade de deslocamento até uma agência.

Mais, até: muitos bancos digitais sequer dispunham (e tampouco dispõem) de agências físicas.

O CEO da Grafeno ainda lembra que a jornada digital ajudou a baratear as operações financeiras, e isso também contou com a participação do Banco Central, que atuou próximo ao boom dessas empresas financeiras digitais e permitiu que a revolução tecnológica chegasse de vez ao mercado financeiro.

E o momento do mercado?

Com o crescimento das fintechs, o mercado agora vive uma era de diferenciais. Soluções rápidas e que sigam explorando as “dores do consumidor” ajudam a consolidar as empresas do ramo.

E David observa que esse é o caminho: sempre em análise para proporcionar uma experiência positiva para os clientes. Foi isso que auxiliou no desenvolvimento das fintechs, no país e no mundo, e é isso que tem também impulsionado empresas de todos os mercados.

Fica, ainda, uma dúvida com relação às instituições financeiras tradicionais? Elas vão acabar?

A resposta é bem simples, inclusive: não. Mas assim como empresas de outros segmentos, elas também têm que se adaptar, transformar e aproximar-se do público.

Além disso, oferecer serviços e produtos competitivos deve passar, diretamente, por um processo de transformação digital, assim como ocorre com as fintechs, para viabilizar as operações e garantir a sustentabilidade da empresa em médio e longo prazo.

Como você deve imaginar, inclusive, essa conversa não pode ser resumida em um espaço tão curto. Por isso, convidamos você a ouvir, diretamente, da fonte: clique aqui para ouvir na íntegra o episódio de Sala de Negócios que contou com a participação de Paulo David, CEO da Grafeno!